Festival da Primavera: Tradição e Modernidade em Harmonia

O Instituto Confúcio da Universidade do Estado do Pará (Uepa) realizou atividades da maior celebração da cultura chinesa, o Festival da Primavera, que ocorreram entre os dias 6 e 17 de janeiro, em Belém. Aberto ao público e completamente gratuito, o evento teve como objetivo oferecer uma experiência imersiva nas tradições milenares do Ano Novo Chinês, celebrando a união, a renovação e a prosperidade.

O Pró-Reitor de Gestão, Prof. Carlos Capela, representou a gestão superior da UEPA na abertura do Festival da Primavera. Em suas palavras, ele frisou o compromisso da universidade com a valorização da diversidade cultural e o fortalecimento das relações entre Brasil e China. O evento, inspirado no Ano Novo Chinês, celebra a cultura chinesa por meio da arte, gastronomia, música e história, funcionando como uma plataforma de diálogo intercultural. Isso reforça a visão de uma educação global e inclusiva, destacando o papel do Instituto Confúcio como ponte cultural e acadêmica. Esse gesto inspira a comunidade acadêmica a abraçar a diversidade e promove integração e conhecimento.
A lenda da fera Nian
A lenda do monstro Nian está na origem do Festival de Primavera, a celebração mais importante do calendário lunar chinês. Segundo a tradição, Nian era uma criatura que despertava na véspera do último dia do ano lunar, causando destruição nas aldeias. Descobriu-se que ele temia a cor vermelha, o fogo e ruídos altos. Para afastá-lo, as pessoas começaram a decorar suas casas com objetos vermelhos, acender lanternas e soltar fogos de artifício. Essas práticas tornaram-se símbolos do Ano Novo Chinês. Inicialmente ligado a cerimônias agrícolas de gratidão e preces por abundância, o festival evoluiu ao longo dos séculos, integrando antigas tradições com novas manifestações culturais.
Programação
Celebrando a riqueza da herança asiática, o Festival no Instituto Confúcio UEPA ofereceu uma programação que uniu tradição e contemporaneidade, proporcionando aprendizado e troca cultural. Entre as atividades, os participantes puderam explorar a arte do corte de papel, uma técnica ancestral que transforma figuras delicadas em símbolos de prosperidade, e aprender a preparar jiǎozi – os emblemáticos bolinhos chineses – em uma oficina que revelou os significados culturais por trás dessa culinária típica.
Além disso, houve a confecção de lanternas de bênção, nas quais desejos de Ano Novo são inscritos e enviados ao céu, oficinas de tecelagem de nós chineses, repletos de simbolismos, e práticas de Ba Duan Jin, uma série de movimentos suaves voltados ao equilíbrio entre saúde e espiritualidade.
A programação também incluiu palestras sobre o simbolismo e a evolução histórica do Festival de Primavera, destacando a conexão entre as tradições milenares e os hábitos modernos. Para os amantes da língua e cultura chinesa, oficinas especiais ofereceram a oportunidade de criar miniaturas de hanfus (trajes tradicionais) e explorar caracteres chineses em um contexto lúdico e educativo.
O evento foi uma imersão cultural única, conectando o passado e o presente de forma inspiradora.
Atividades do Festival da Primavera e Ano Novo Chinês


























